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Pelo fim da cultura do estupro!

Na noite desta terça-feira (14), foi denunciado um possível estupro dentro da Universidade Federal de Goiás, no campus Samambaia.

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Há algumas semanas atrás, foi divulgada uma lista de pontuação do "interUFG" que classificava mulheres, de caráter machista e racista. A única medida adotada pela UFG: retirar o nome da Universidade do evento.

 

Diante disso e dos casos diários de assédio, machismo, racismo, homofobia e transfobia que são reiteradamente invisibilizados, exigimos: #UFGSePosicione

 

Se posicione em relação à (falta de) segurança no campus. Não é a partir da retirada de sua responsabilidade e delegada à malfadada Polícia Militar que o problema vai ser efetivamente combatido. É preciso investir em infraestrutura, como iluminação e monitoramento eletrônico. Além disso, precisamos falar sobre a terceirização da vigilância. Direitos trabalhistas vem sendo desrespeitados: salários precários, demissões sem justa causa, corte no número de funcionários. A ampliação da terceirização que vem ocorrendo na UFG, como o caso do Hospital das Clínicas, deve ser combatida. As empresas lucram e desrespeitam garantias trabalhistas. Não corresponde à função de uma instituição pública ser conivente com isso. Em suma, PM não é a solução, tampouco continuar com a terceirização.

 

Se posicione em relação aos casos de assédio que ocorrem diariamente. É preciso que haja uma melhor estruturação do site da ouvidoria. A garantia do completo anonimato às vítimas não está explícita no site e precisa ser amplamente divulgada, de forma que as alunas possam utilizar esse mecanismo, se sentindo seguras para tal. Não basta garantir que a denúncia seja feita, mas sim que medidas concretas sejam tomadas a partir disso, investigue-se e, restando comprovadas as alegações, sejam os responsáveis punidos com as medidas cabíveis.

 

Se posicione no combate à cultura do estupro. Professores e alunos reproduzem discursos misóginos, machistas, transfóbicos, racistas e homofóbicos. Aliás, não só discursos, mas também condutas que insultam, oprimem, agridem e violentam inúmeras identidades do meio acadêmico. Em algumas unidades, intervenções feitas por coletivos de combate a esses discursos, são questionadas e até mesmo criminalizadas. O atual quadro de perseguição dos que lutam para questionar a ordem patriarcal imposta é sintomático da conduta da universidade. É preciso que a UFG defenda esses alunos que tentam desconstruir os preconceitos existentes na Universidade. Além disso, é necessário que a própria UFG realize intervenções nesse sentido.

 

Não vamos tolerar o silêncio de uma instituição que tem o dever de desconstruir toda forma de opressão.

PELO FIM DA CULTURA DO ESTUPRO!

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NAJUP PN e Coletivo Feminista Pagu

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